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IDÍLIO (de Antero do Quental)
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Voz 1 |
Quando nós vamos ambos, de mãos dadas,
Colher nos vales lírios e boninas, E galgamos dum fôlego as colinas Dos rocios da noite inda orvalhadas; |
Em construção
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Ou, vendo o mar, das ermas cumiadas, Contemplamos as nuvens vespertinas, Que parecem fantásticas ruínas Ao longe, no horizonte, amontoadas: |
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Quantas vezes, de súbito, emudeces! Não sei que luz no teu olhar flutua; Sinto tremer-te a mão, e empalideces... |
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O vento e o mar murmuram orações, E a poesia das coisas se insinua Lenta e amorosa em nossos corações. |
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2007, September 06
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