Comida Processada, Álcool e Tabaco em Portugal

alcohol and tobacco in PortugalO tema da saúde alimentar está na ordem do dia, em Portugal. O consumo excessivo de comida processada, álcool e tabaco, no seu conjunto, é um dos principais responsáveis por mortes em adultos entre os 45 e os 60 anos. Adicionalmente, a Organização Mundial de Saúde veio novamente alertar, em 2015, que o consumo excessivo de carne vermelha é um fator causador de cancro – questão que não era nova, apesar das fortes reações que se levantaram, uma vez que uma parte da sociedade portuguesa considera estas questões como restrições à liberdade individual.

No caso do tabaco, trata-se de um tipo de consumo que sofre uma forte campanha repressiva ao longo das últimas duas décadas, não só por os seus efeitos em termos de saúde pública serem bastante alargados, mas também pelo facto de o fumo passivo ser igualmente responsável por problemas de saúde. Trabalhadores em ambientes de fumo, colegas de trabalho em empresas onde se permitia o tabaco e familiares de fumadores, todos eram vítimas de um hábito de terceiros para o qual não contribuíam e que, em muitos casos, não tinham força social para contrariar. Um famoso “blogger” português já revelou publicamente que não suporta o fumo do tabaco, em grande parte, por ter crescido numa família de fumadores. A lei 37/2007 deu seguimento a um forte movimento social anti-tabágico que a precedeu.

Relativamente ao álcool, as restrições têm incidido também no sentido de respeitar a liberdade individual de cada consumidor, embora colocando restrições crescentes, de modo a penalizar comportamentos de risco. O consumo de álcool combinado com a condução automóvel tem sofrido não só a ação das autoridades mas também o opróbrio da opinião pública.

Quanto à comida processada, e apesar do aumento do número de vegetarianos e veganos, não se espera uma redução acentuada do seu consumo, por motivos financeiros. Contrariamente ao que se pensa, principalmente por não ser um assunto político de primeira instância, o custo de uma alimentação baseada em vegetais e hortícolas é bastante superior ao de alimentos processados, pelo que grande parte da sociedade portuguesa terá dificuldades em encontrar um equilíbrio nesta matéria.

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