Cigarros Eletrónicos, uma Alternativa aos Convencionais?

Uma recente sondagem, realizada nos Estados Unidos da América, veio revelar que o consumo dos cigarros eletrónicos aumentou em cerca de 900% entre os adolescentes, no período compreendido entre 2011 e 2015. Estaremos a assistir a uma eficaz forma de redução do consumos de cigarros convencionais entre os mais jovens?

electronic cigarettesExistem diversos estudos que apontam para os malefícios não necessariamente evidentes dos cigarros eletrónicos e que podem contrariar a ideia de que estamos a atingir um ponto de viragem no consumo de tabaco.

Antes de mais, a crença de que os cigarros eletrónicos são inócuos para a saúde faz com que haja pessoas que começam a fumá-los (ou a “vapear”, como já hoje em dia se diz) sem qualquer preocupação e, principalmente entre os mais novos, este passo leva m
uitas vezes a uma transição para o consumo de cigarros convencionais.
Além disso, há muitos ex-fumadores que, com nostalgia pelo ato de fumar, veem nos cigarros eletrónicos uma alternativa sem perigos para retomar um hábito que lhes seria bastante apetecido.
Na verdade, a maior parte dos cigarros eletrónicos disponíveis no mercado contém nicotina, e este facto nem sempre é publicitado, pelo que o consumidor voltará a criar habituação a esta substância, o que torna mais fácil uma recaída nos seus hábitos de fumador de cigarros convencionais.

No entanto, existem pontos positivos nos cigarros eletrónicos. Há opções sem nicotina, e os também conhecidos como “e-cigarros” não contêm alcatrão nem libertam monóxido de carbono, substâncias que são prejudiciais à saúde. Em relação aos outros componentes mais nocivos, o cigarro eletrónico bate de longe o convencional, em termos de componentes.
Por outro lado, existem “e-líquidos” (a substância a vaporizar) com diferentes níveis de nicotina, o que permite que o fumador vá gradualmente reduzindo o seu consumo até se libertar da habituação e do seu comportamento aditivo.