Cigarros Convencionais ou de Enrolar?

Quem já não passou pela entrada de uma universidade e não viu um ou mais estudantes debruçados sobre o colo, enrolando uma folhinha de papel com tabaco no interior?
Um estudo desenvolvido pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa revela que a maior parte dos estudantes universitários que fumam opta pelos cigarros de enrolar.

Existem três razões principais para se optar por cigarros de enrolar, em detrimento dos mais comuns, acessíveis e tradicionais cigarros comerciais, já preparados: os cigarros de enrolar são por norma mais baratos, muitos dos fumadores que optam por este tipo de cigarros acham que lhes dá um aspeto mais independente e descontraído e, finalmente, porque muitos ainda pensam que são menos prejudiciais para a saúde do que os cigarros convencionais.

E é o terceiro ponto que é necessário abordar, pois nada poderia estar mais longe da verdade.
A maior parte dos fumadores de cigarros de enrolar escolhe esta opção por serem mais baratos e por julgarem que têm um efeito nocivo mais reduzido do que os cigarros convencionais. Pensam estar a fumar um produto mais puro. Mas não é bem assim.

Se é verdade que os cigarros de fábrica contêm tabaco, ao qual foram acrescentados aditivos, o tabaco usado para enrolar tem cerca de trinta e oito vezes mais aditivos, que podem incluir a sacarose ou o mel, mas também diversos compostos químicos nocivos. Além disso, há quem opte por não utilizar o filtro, que elimina, pelo menos em parte, várias dessas substâncias.
Estes cigarros costumam também ser mais finos, o que faz com que as inalações sejam mais longas e profundas e, finalmente, a ideia de que não fazem tão mal pode encorajar um consumo superior.

Poderá sempre optar por fumar cigarros de enrolar ocasionalmente, mas a opinião da comunidade científica é de que são mais prejudiciais à saúde do que os convencionais.